terça-feira, 26 de novembro de 2013

parto, fome e bibliotecas

Vamos fazer uma análise desse curioso quadrinho:

Esta tira não foi curtida no facebook por questões políticas.

Step 4: Seria muita hipocrisia da sua parte, você foge da louça como o diabo foge da cruz;
Step 5: Esse é super legal, ando fazendo isso com os meus textos em pdf, tão legal ficar colocando referencia, ano, criando novas pastas...
Step 6: a casa caiu.

você passou bastante tempo ignorando a realidade, criou um mundinho só seu, e agora só te resta as dores do parto. 

Parto é sexo?

O obstetra e pesquisador Michel Odent provou que os hormônios presentes durante o nascimento são os mesmos liberados na hora do orgasmo. Assim como para fazer amor, parir exige um ambiente em que a mulher se sinta segura, não vigiada, seduzida por sons, cheiros e liberdade para adotar a posição que mais lhe satisfizer.
Existe um paralelo direto entre o parto e o sexo. Mas uma recomendação importante: nunca diga isso por aí. Afinal, vivemos em uma sociedade em que parir é algo raro, talvez tanto quanto gozar. Fingir pode.
Contrariando o segundo parágrafo de não dizer nada por aí, bote a boca no mundo e pare de fingir. metáfora? poderia, mas não é.

A primeira vez que ouvi sobre esse paralelo, foi naquela fantástica oficina de parteiras no sul da Bahia, em Olivença... "quando o menino nasce, tem mulher que tem um super orgasmo"... fique horas pensando nisso.

"olha como é incrível, as dores, os gemidos, a dilatação... é a extensão da vida sexual da mulher".

loucura? repense.

as dores de parir a dissertação, acabam não fazendo tanto sentido assim.

ela não é tão dolorida, quando você sabe pra onde tá indo.
mas você só soube disso depois que tacou fogo no seu plano. e aí vai um viva ao abismo!

-

decidi não fazer o parto em casa, vide a tira phd comics, tenho muita preguiça problemas nesse recinto.
as dores do parto ficaram mais prazerosas num ambiente frio e hostil.

explico:

a biblioteca mais próxima da minha casa é excelente, sério.
o problema é a comida, não tem.

advirto: nunca, jamais, leve aquela ração asquerosa chamada barra de cereal. gente, que nojo!

se a sua memória de colocar algo na bolsa é tão boa quanto a minha,
siga passando fome neste ambiente e torça pra alguém simpático dividir a lancheira com você.

*

Sigo com as dores mais prazerosas que já tive na vida,
é lá que espero e me preparo ansiosamente pelo parto,
vamos torcer pra não ser prematuro.

faltam doze semanas!

ps: veja o filme "o renascimento do parto", didático.




sábado, 23 de novembro de 2013

histórias não imaginadas

Era uma vez uma menina que só queria beber, dançar e tomar banho de rio. Depois de entregar um texto escabroso, que lhe tomou tempo e energia do seu pobre miolinho cinzento, decidiu que iria sair para comemorar. 

Subtraindo o banho de rio, lhe sobrava os dois não menos favoritos: beber e dançar.
Pegou qualquer saia, qualquer blusa e decidiu que a partir daquele dia iria ser minimalista, a fantasia de lantifundiária do dia anterior, lhe deixou com overdose de acessórios e cores.

Chegando ao local, viu que jamais escolheria entrar no recinto, mas naquela noite a moça decidiu não ser rabugenta, nem falar mal dos que se encontravam naquele antro. Foi difícil, mas ela conseguiu. Bebeu, dançou, pouco se importou.

Lá pelas tantas, um menino com cara de nerd disfarçado, parecia estar olhando na sua direção. A menina achou divertido tentar adivinhar se os olhares daquele rapaz com blusa de botão, meio desengonçado, eram para ela ou não.

Sentadas numa mesa qualquer, no meio de uma conversa efusiva cheia de mimimi’s, afetos e abraços com sua amiga querida, ambas levantaram e resolveram dançar um hit qualquer.

A moça, já encucada com o rapaz, assumiu sua miopia e perguntou discretamente:

- aquele menino tá olhando pra mim?
- tá, faz tempo. (risos)

Ela o olhou e sorriu.

Sabe aquele ultimo post publicado falando do Elvis?

Pois é.

Ao perceber o seu “sim” subentendido, ele veio como um homem do velho oeste, sem timidez e obstinado em encontrar com aquela garota.

Não disse uma palavra e a tirou para dançar.

Ao perceber a mão da moça displicente sobre o seu ombro, ele rapidamente a arrumou para que ela dançasse e o abraçasse ao mesmo tempo. Ela pensou: Old school! sorriu baixinho.

Decidido, percebeu que o local oferecia pouco espaço e a levou para perto do palco.

- Vocë é daqui?

¬¬

Pensou:  tava bom demais pra ser verdade, começou o show de horror.

- sim. Respondeu secamente.
- e o que você faz?

Pensou: era só o que faltava explicar o que era antropologia na altura do campeonato e ter que lidar com as abobrinhas que sairiam depois: dá dinheiro? É tipo psicologia né? Ah, mas tu vai dar aula? E em Manaus dá pra estudar isso?

- Ela respirou fundo e disse calmamente, eu faço mestrado em antropologia...
- sério? Eu sou apaixonado por antropologia, fiz economia mas adoro antropologia e...

Até aí tudo bem, ela achou fofo, afinal, na conquista e na guerra vale tudo. Com o intuito de colocar o cidadão numa prateleira bibliográfica, as duas referências de "economia" daquela garota eram: sua comadre Dani, menção honrosa em economia solidária e o Paul Singer, aquele velhinho que ela conheceu no Fórum Social Mundial-Belém. Ela não tinha o que temer. 

Ele continuou efusivo e soltou um Malinowski no meio da conversa pouco audível, em função do barulho do palco.

A moça olhou profundamente para aquele ser que mencionou o pai do seu blog e disse:

- vem cá, eu preciso conversar com você.

Ele não tinha ideia no que estava se metendo.

Por sorte, neste local que não lembro o nome havia um espaço arejado, pouco movimentado...  e com pouco barulho, maravilha!

No meio daquela conversinha pré-pegação... ele solta: fiz uma disciplina com a marta amoroso e minha irmã trabalha com direito indígena.

Ah gente, o que que é isso né?
Tiro a queima roupa.

Ele não sabe, mas naquele momento a moça o beijou por uma planta.


Vou explicar:

No início do ano estive no mesmo campo de pesquisa da marta amoroso, num trabalho de dez/quinze dias, não lembro, na aldeia piranha, com os Mura. Lá eu me apaixonei por uma plantinha, a buchudinha. Uma gracinha sabe? Ela tem uma flor vermelha na ponta, e é de fato buchudinha! Hahahaahah


Aldeia Piranha, abril, 2013.


No meio do levar ou não levar pra casa, decidi não levar. Sim, eu não estou nem aí para os crimes de biopirataria e desde sempre levo carocinho de fruta pra casa, a saber, tenho um limão e uma pitanga (baianos) super fortinhos num vaso. Rá!

Era meu primeiro dia entre os Mura, não queria ser acusada de sair arrancando e levando plantas por aí né? Vai saber.

Conversando com Luzia, uma das moradoras da aldeia, ela falou da pesquisadora Marta... que gostava muito de sua companhia, que iam pescar juntas e por muitas vezes, escrevia na sua casa, junto com sua família. Eram amigas :) ... 

No meio da conversa, comentei sobre a buchudinha, que tinha achado linda... Luiza logo mencionou que a Marta havia levado uma pra casa e que na ultima vez que esteve na aldeia, mostrou a foto de como ela estava crescida.

<3

Me derreti né gente? Desde esse dia, a buchudinha me uniu com a marta e passei a ser tiete dessa mulher.

*

Em casa, no meio de uma crise de tristeza, saí obstinadamente comprando um monte de vaso e terra preta, eu precisava plantar alguma coisa e aquilo tava pirando a minha cabeça. 

Pintei alguns vasos, arrumei a terra e fui atrás das plantas.

Na floricultura, comprei dois pés de mosquitinhos e umas plantas genéricas de decoração pra colocar na lateral da casa da minha irmã. Não mencionei, mas havia comprado um vaso de barro grande e bonito pelo preço/pechincha de R$ 25,00... e fiquei HORAS pensando no que levar para plantar nele.

Lá estava ela... olhei fixamente para a buchudinha, mas não consegui levar pra casa, ela era especial demais pra eu comprar naquela loja sem graça, o vaso continua vazio.

*

Depois dessa excelente introdução pré-amasso do rapaz em questão, naquele momento, era só ele manter a linha do simples, doce e legal que tudo daria certo.

*

Mas e aí?

Fizeram juras de amor eterno e ele voltou pra casa.


Fim.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

o abismo


Se eu pudesse, faria o seguinte:

pegaria todas as minhas folhas escritas do plano, as colocaria num buraquinho no chão de terra e atearia fogo até elas queimarem uma a uma. não consigo aceitar nada do que escrevi até agora, nada faz mais sentido, um caos. 

não, eu não desesperei.

só constatei o quanto fui displicente, pós morte do rodrigo, com a minha vida acadêmica.
eu não gostei de nenhum trabalho que eu fiz, minto, gostei de um que eu fiz no Programa de Pós-Graduação em Sociologia (!!!!) só.

tudo as pressas sabe? sem mergulhar no assunto ou lendo os textos com rigor ou escrevendo pelo prazer de estar descobrindo algo ou "agregando valor"ao meu mísero capital simbólico. 

eu não fui obrigada a fazer esse mestrado, eu tinha muitas dificuldades em aceitar/estudar o conteúdo da graduação em direito... mas em antropologia? é uma delícia! tudo bem que tem alguns autores com baixa auto estima intelectual que não tem a gentileza de escrever um texto inteligível, "ai que prazer em ferrar os leitores!" mas depois que você o decifra... uau! juro que sinto uma vaidade ímpar nesses (poucos) momentos!

Uma outra coisa sensacional é a capacidade de alguns textos te alimentar o corpo e a alma. impressionante. acaba que algumas teorias estão intimamente ligadas a forma como observo a vida, os outros, os objetos, a mim mesma... é absurdamente transformador...  

Mas se é assim tãaao legal, porque meu desempenho acaba sendo tão mais baixo? porque a  minha preguiça é tão grande? procrastinar é sempre o lema... juro que não entendo. 

Estou de frente ao abismo, sinceramente? meu plano vai pras cucuias, já pulei.

Deixo o plano de lado e sigo nos cadernos de campo, vamos ver o que sai.

OBS: PRA ONTEM!

fim do dia, arnaldo antunes.


segunda-feira, 18 de novembro de 2013

thiago correa x dissertação

A proposta é clara: buscar bom humor no caos.

Eu descobri, várias formas inclusive.

O problema é que tem umas três semanas que eu SÓ tenho feito três coisas na vida:

1 beber
2 dançar
3 tomar banho de rio.

"o mundo vai acabar e ela só quer dançar"
ok, super legal.

mas eu estou fazendo mestrado sabe?
e em três meses eu devo entregar minha dissertação.

Infelizmente, eu não tive a maturidade de conciliar a pouca vergonha com o batente. me fudi.

mas ok, sarei de uma porrada de coisa e ninguém tira isso de mim, não mudo uma vírgula dessa história.

Investi em equipamento novo de trabalho e me despeço dessa vida (por três meses, sem drama) em alto estilo de leseira, eu vos apresento o dj @thiagocorrea.

*

bobo, divertido, animado... eu já disse que é bobo?

sambô não é música! é uma piada muuuuito bem feita! ridículo! hahahahahahahhahaah eu adoro.

mas não vim aqui falar do sambô.
e sim de um show que eu vi num "sábado de tirar o fôlego"

@thiagocorrea

baixe o "cd"e faça seu dia feliz e bobo, bem bobo. hahahahahahah

baixar o cd do thiago

o cara supera o sambô de longe!!!!


hahahahahaahhaha, ai, ai.


paixão, ambição, quilos de distância, três meses pra entregar a dissertação e um e-mail de arrepiar.
nem mais, nem menos. TÔ FERRADA DE VERDE E AMARELO, só isso.

*

ps: vos falo de um computador super sensacional, pechinchado e arrematado neste domingo. pode perguntar sobre i3, i5, i7, segunda geração é azul, terceira é preto, memória ssd, placa de vídeo, ultrabook, notebook... pense na garota que manja!

Tô super orgulhosa com a minha maquininha de trabalho! 
organizando toooodos os meus arquivos e minha biblioteca virtual... parece vida nova sabe? 
primeiro post dele :D 


agora com licença que vou bem ali virar gente, eu só jogo a tolha no doutorado.
um cronograma rígido resolve. 









domingo, 10 de novembro de 2013

bananas, domingo e doçura

Fazia tempo que eu queria essa  receita no blog, mas precisou de um dia, um punhado de gente querida, algumas bananas, muitas fofocas, grãos e canela pra que ela saísse.

Saiu! oba!


RECEITA

Para este delicioso bolo de banana, antes, você irá precisar de uma: 

"bananeira plantada pelo João e Guilherme. Essa muda dessa maravilhosa bananeira foi um amigo que nos deu. repare que uma delas está quebrada. Ela quebrou pelo peso desse último cacho". (mineira mais linda do mundo, 2013)

Foto: mineira mais linda do mundo, 2013.


Se você não tem uma bananeira plantada pelo João e Guilherme, 
vá na feira e compre uma palma.

casa da MMLM, 2013.

Ingredientes:

4 bananas (isso varia dependendo do tamanho e sabor da mesma)
1 xícara (chá) de açúcar mascavo*
1/2 xícara (chá)  de óleo de girassol ou canola
1 ovo
1 e 1/2 xícara (chá) de aveia em flocos grandes
1 e 1/2 xícara (chá) de farinha de trigo
2 colheres (sopa) de canela
2 colheres (sopa rasa) de fermento químico em pó

Pode-se acrescentar delícias à gosto: linhaça dourada e escura, castanha, passas, gergelim...

*

Sempre tenha em mente, a necessidade de ter um cocô macio e saudável, você pode encontrar os grãos no armazém português e adjacências. Esse bolo, além de lindo, gostoso e cheirosão, ainda faz bem pras suas tripinhas, vulgo, intestino. :)






Modo de preparo

Bata no liquidificador as bananas, açúcar, óleo e ovo até formar um líquido grosso e homogêneo.

À parte em um recipiente grande coloque a aveia, farinha, fermento, canela e as delícias de sua preferência*. Misture esses ingredientes secos e depois acrescente o líquido nessa mistura. Mexa até obter uma massa encorpada.

* Essas "delícias" são todos os grãos naturebas que você tiver em casa, isso que vai fazer a diferença... bom demais!

mix

Unte uma forma retangular com margarina e farinha. Se quiser, coloque bananas em fatias no tabuleiro. Jogue a massa por cima. Coloque no forno pré aquecido e deixe assar por 30 a 40 minutos.

Peça sempre pra alguém legal untar a forma, ô parte chata.


Olha! tinha esquecido dessas bananas enfileiradas aí!


nível de facilidade: alto

Se tem uma coisa que você deve dar valor numa casa, 
é o cheirinho de bolo que ela tem... (suspiros)
O de canela e banana então, é uma coisa de doido!

Depois de poucos minutos, muita fofoca e terapia pré-qualificação, ele fica pronto...

ai, ai.


Agora vamos pra cobertura:


fácil hein?

Uma sugestão de cobertura é rodelas de banana em calda. Derreta mais ou menos cinco colheres cheias de açúcar* e jogue umas 8 bananas picadas em rodelas, deixe cozinhar nesse caldo por aproximadamente 5 minutos ou até o açúcar caramelizado desaparecer por completo no líquido da calda.

colher de pau psy


*prefiro usar demerara ou mascavo, mas dá para fazer com cristal. Se usar este último, apenas lembre-se que ele adoça mais.

vamos parar de usar açúcar?


a calda sensualizando no bolo gostosão


lindão :3


olha como ficou!


très chic 

Dica final: 

"Não se esqueça de usar criatividade e amor nessa receita também!!!"

:)

cozinhar é carinho, compartilhar receitas e fazer bolinho pra gente querida é muito amor. 
um beijo bem grandão pra esse pedacinho de minas em manaus que deixou eu fotografar, sob muita reclamação e chatice ¬¬, e comer até encher meu buchinho e levar pra casa! hahahahahaha

prometo devolver a vasilha com farofa.

:*






quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Ibsen e a monarquia: contos de madrinha e afilhada

Era uma vez uma madrinha que tinha a afilhada mais linda-gostosura-total. Em datas festivas e viagens mirabolantes a pessoa que vos fala pensa em mil agradinhos para essa bolinha de amor e dobrinhas. Tudo faz lembrar dela, desde aqueles vestidinhos cubanos, bordados pelas mãos daquelas senhorinhas que ficam nas janelas daquelas casas coloniais lindas... uma calcinha de renda renascença do sul da Bahia que custa o olho da cara... mas é linda de morrrer, ou aquele colarzinho de madeira feito pelos Tikuna, visto um dia desses... tudo lembra ela.

colarzinho Tikuna, fonte: Dani :)


É difícil ter criatividade com a quantidade de bonecas louras, finíssimas e aquele absurdo de rosa de todas as nuances. não, eu não sou uma madrinha "guerrilheira"! hahahahah mas aquela boina do Fidel ficou linda demais nela... :D~, minha comadre que me perdoe.

Dia desses estava pensando em duas categorias de elogio que são utilizadas com frequência em bebês fêmeas: boneca e princesa.

- Essa garotinha é uma boneca de tão linda;
- Parece uma princesa.

Vamos pensar, ou ser chatos, ou pedantes. dá no mesmo. acostume-se com o isolamento, seres humanos dessa espécie, dificilmente serão aceitas por gente legal e descolada.

Li um livro, emprestado pelo amigo sempre lembrado, que foi quase um soco no estômago:

"Casa de bonecas", escrita por Henrik Ibsen em 1879.



Essa peça foi escrita em 1879. VEJA BEM, 1879!!!!!!

E o mais absurdo/impressionante é que ainda somos criadas da mesma forma até hoje... tudo bem que o meu clã tende ao matriarcado... mas, nem sempre é assim.

Se você pensa em cuidar de meninas, ou convive com elas, ou quer educar meninos de forma diferente, ou está coçando o saco e quer ler algo que preste, ou que levou um pé na bunda daquela mulher cheia de opinião e fantástica, faça o favor de ler esse livro e deixe-se transformar por ele, você não é uma barsa, deixe ele agir sobre você, ou não tem sentido nenhum você se exibir dizendo que o leu.

ok, nada de chamar aquela belezinha de boneca.

Vamos a outra categoria: princesa. 



Desde muitos anos, vem sendo utilizada em baladas de baixo nível, 
por sujeitos cínicos e pouco respeitáveis.

Pelo amor! monarquia não né?

Se nós vivemos num regime republicano ou democrático de fato, não interessa (nesse momento). aquela época de piolhos e sífilis da monarquia no Brasil te dá arrepios até hoje. tudo bem que os vestidos da Kate Middleton são lindos, mas não caia nessa. seja forte, e adote formas mais criativas de chamar aquela bolinha de formosura com nomes carinhosos e inspiradores.

A madrinha te ama demais... e um dia, alguém vai entender toda essa pedância.


domingo, 3 de novembro de 2013

ao mirante & alaíde negão

Só fui em dois shows, um no arte e fato no final de outubro, onde comprei o cd... e o outro hoje, no ao mirante, que fica no bairro São Raimundo.

Esqueci a máquina fotográfica em casa e o celular estava nas últimas... um pesar muito grande não ter captado tanta coisa daquele lugar, fiquei com vontade de aparecer lá amanhã só pra sanar essa lacuna... :/

Chegue antes do por-do-sol... 

Ao mirante, novembro, 2013.

É de tirar o fôlego né?

Esse dourado aí, é o rio negro, o rio mais incrível e lindo do mundo... :D hahahahah
Vi que não tinha uma cozinha no recinto, comecei a preocupar,estava com um fome absurda...e se tem duas coisas que te deixam um demonho... é fome e sono.

Antes de decidir comer aquela pizza gostosa e barata do habib's que ficava léguas de distância, percebi que um rapaz começou a preparar um foguinho para fazer um "churrasquinho de gato", animei, esperei ficar pronto.

Tudo gostoso!

Acompanhamento-comida-de-mãe-prendada e carninha macia e gostosa! muito bom! Foi um presentão pro meu buchinho vazio, coitado. 

Depois de tocar horas de reggae night, foi apresentada uma banda que eu não lembro o nome e depois, alaíde negão, vulgo, neguinha.

Fiquei o tempo inteiro na "varanda" do ao mirante, a vista é linda e bate um ventinho gostoso, aproveite pra colocar a fofoca e os planos mirabolantes em dia.

Quando entrou a neguinha, a "multidão" pulou pra debaixo dos telhados do ao mirante.

Mais uma vez, o ritmo é absurdamente contagiante, e você passa a dançar loucamente sem se importar muito com os demais que estão compartilhando aquela pouca quantidade de oxigênio e vento no recinto.

Combine com um amigo seu para dançar com ele, os homens do ao mirante não tem a menor iniciativa de te puxar pra dançar, apesar da música ter um nítido apelo para colar o corpo no outro... e isso é uma das coisas mais sensacionais desse ritmo.

No meio do caldeirão e daquele calor absurdo, literalmente, você percebe que não tem jeito, Manaus é quente e aquela bosta de telhado é muito baixa pro seu gosto... ¬¬

Acostume-se, quando você começar a derreter de tanto dançar... algo vai te acontecer, a sensação de alma lavada num domingo pós a tristeza do dia de finado, vai te dar uma leveza bem maior do que aquela plantinha queimada, que foi compartilhada com os queridos.

Que show!

O domingo será tão abençoado, quanto qualquer outro ritual que você costuma participar neste dia tão melancólico. 

Depois de tocar as "minhas favoritas", me dei conta do quanto essa música é bonita,
o vídeo não faz jus do "ao vivo".

neguinha: toque dos ancestrais




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